Aidê era uma negra africana, Tinha magia no seu cantar Tinha os olhos esverdeados, E sabia como cozinhar. Sinhozinho ficou encantado, E com Aidê ele quis se casar Eu disse : Aidê, não se case, Vai pro Quilombo pra se libertar. Aidê! Foge pra Camugerê No Quilombo de Camugere, A liberdade Aidê encontrou. Juntou-se aos negros irmãos, Descobriu um grande amor. Hoje Aidê canta sorrindo, Ela fala com muito louvor : Liberdade não tem preço, O negro sabe quem te libertou. Aidê! Foge pra Camugerê Sinhozinho que disse então, Com o Quilombo eu vou acabar, Se Aidê não se casa comigo, Com ninguém ela pode casar. Aidê! Foge pra Camugerê Chegando em Camugere, Sinhozinho se surpreendeu, O negro mostrou uma arma, Que na senzala se desenvolveu. O negro venceu a batalha, E no Quilombo Sinhozinho morreu. Aidê! Foge pra Camugerê | |